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Margarete Modas
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Universidades têm 2º semestre ameaçado e pedem reavaliação sobre corte

Pagamentos de subsídios como auxílio estudantil, bolsas de pesquisas e projetos acadêmicos foram prejudicados pelo bloqueio, afirma Andifes

O bloqueio de R$ 3,2 bilhões das verbas destinadas ao custeio das universidades federais ameaça o funcionamento do segundo semestre, alertam reitores. Na corrida para driblar as contas apertadas, eles pressionam o governo federal e o Congresso, na tentativa de garantir o descontingenciamento.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitor Marcus David, disse ter se reunido com os ministros da Educação, Victor Godoy, e da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Pagamentos de subsídios como auxílio estudantil, bolsas de pesquisas e projetos acadêmicos foram prejudicados pelo bloqueio.

“Estamos buscando interlocução com entidades científicas, sindicais e do movimento estudantil. O trabalho conjunto aumenta a possibilidade de êxito. Continuaremos atuando incansavelmente”, defende Marcus David.

Segundo a Andifes, o ministro da Educação se comprometeu a rever a situação, mas não garantiu qualquer tipo de liberação. Victor Godoy admitiu ter feito o corte em todas as unidades da pasta por “não ter tido tempo para aprofundar os estudos” sobre o bloqueio.

Durante os últimos dias, reitores das universidades federais se mobilizaram em busca de congressistas para dar musculatura à pressão. O corte total do orçamento anunciado pelo governo federal e publicado no Diário Oficial da União é de R$ 8,2 bilhões.

Entre as pastas impactadas, também está o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que precisará suspender pesquisas sobre a Covid-19 e o meio ambiente.

UnB

Márcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília, afirmou ao Metrópoles que os cortes orçamentários comprometem a concessão de bolsas e benefícios estudantis na Universidade de Brasília (UnB). Segundo a gestora da instituição de ensino, 14,5% da verba foi impactada.

As contas referentes ao mês de maio não foram abaladas, mas, caso o corte não seja suspenso, as próximas devem ser afetadas. “Todas as áreas serão atingidas. Bolsas e benefícios estudantis, por exemplo. Esse corte mexe em todas as áreas das nossas universidades, no meio do ano, e impactam o funcionamento das nossas instituições”, ressaltou.

Na última sexta-feira (27/5), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o bloqueio de R$ 3,23 bilhões no orçamento. A medida prejudicará principalmente a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

Assim que o bloqueio foi anunciado, as instituições federais de ensino alertaram para a necessidade de cortar gastos com pesquisas científicas, projetos de extensão, manutenção e assistência estudantil para alunos de baixa renda.

A medida ocorre enquanto o governo se prepara para conseguir bancar reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público. O bloqueio total no Orçamento da União deve ficar próximo a R$ 14 bilhões.

Conforme o próprio ministro da Educação confirmou ao presidente da Andifes, o “bloqueio linear” para todas universidades públicas veio porque houve um “prazo exíguo” para a definição, depois que o Ministério da Economia exigiu os cortes. Há a possibilidade de alteração desse bloqueio, de acordo com solicitações.

Fonte: Metrópoles

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