14 de abril de 2020, Brasiléia, AC
Um comprimido que não pesa mais que 400 miligramas e custa menos de 1 real pode (pode, frise-se) ser a cura para a Covid-19 — mas a discussão em torno da eficácia da cloroquina já está no centro do debate político.
A discussão em torno da cloroquina ou da sua versão menos tóxica, a hidroxicloroquina, como resposta mais eficaz à doença causada pelo vírus descambou para a polarização política e contagiou o ponto mais importante da questão: afinal, o remédio é ou não é a solução para a pandemia? Os aspectos técnicos acabaram sobrepostos pelas paixões políticas atiçadas pela defesa enfática que o presidente Jair Bolsonaro e seu colega americano Donald Trump vêm fazendo do medicamento, apesar da carência de provas científicas sobre a sua eficiência. Nos últimos dias, porém, evidências terapêuticas que estavam associadas a duas figuras excêntricas, o médico americano Vladimir Zelenko e seu colega francês Didier Raoult, ganharam força com a entrada em cena de profissionais renomados, do Brasil e do exterior, que defendem ou tomaram um coquetel experimental com cloroquina para enfrentar a Covid-19…
Por André Pinheiro
Fonte: O antagonista
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