“Nunca tivemos uma saúde de qualidade e de um tempo pra cá, tudo tem piorado e não há sinal de melhora”. É o desabafo de uma enfermeira do Hospital Sansão Gomes que prefere ficar no anomimato.
“Já passamos por momentos bem dificeis na saúde, mas nunca havia faltado insumos como agora. Há dias que não temos luvas, seringas, dentre outros, como esparadrapos e ataduras. A nossa rotina tem sido economizar”, ressaltou.
Uma antiga moradora tem se preocupado com os famliares que continuam morando na cidade, pois de acordo com ela, sua mãe tem relatado a dificuldade que tem ao procurar a saúde pública do município (SUS).
“Recentemente meu irmão passou mal, desmaiou e não havia ambulância, sendo socorrido pelo corpo de bombeiro e chegando ao hospital, não havia material para realizar nenhum tipo de exame, nem mesmo de covid, tampouco para realizar exames da dengue e hemograma, sendo aplicado somente soro e orientado a procurar o atendimento particular ou no postinho de saúde. Meu irmão realizou seus exames no particular, recebendo o diagnóstico de dengue e covid. Algo pior poderia ter acontecido, por falta de material ou até mesmo negligência”, relatou a antiga moradora do município.
“Minha mãe também enfrentou muitos transtornos ao necessitar de atendimento médico. Na ocasião, foi diagnosticada com dengue, não recebendo o atendimento necessário em razão da falta de equipamentos básicos”, continuou.
“As autoridades precisam se acordar para este assunto, seja políticos ou MP (Ministério Público), o que não pode é continuar com tamanho descaso que se estende tambem à Maternidade, que não há nem mesmo um equipamento de ultrasson, um procedimento essencial durante a gravidez. Só queremos que o prefeito cumpra o que nos prometeu em campanha”, concluiu.
Procurados por nossa equipe da redação, o atual Secretário de Comunicação da Prefeitura, relatou por telefone, que o Hospital Sansão Gomes é de competência do Estado e que o Município apenas auxilia na administração, que acabara de assumir, que não tem culpa das falhas nas gestões anteriores, mas que o atual gestor se compromete em mudar o cenário. Já o atual Secretário Municipal de Saúde dispara: “Não está faltando nada, temos material suficiente numa ótima estrutura, o que falta é mão de obra, o que precisamos é de mão de obra, de contratação de mais funcionários na área, de concurso” frisou.
Diante dos relatos, em quem devemos acreditar? Na população ou na gestão? Que independentemente de ser este ou aquele, dificilmente irá assumir as necessidades e falhas que só o povo consegue enxergar? Afinal, políticos, em sua maioria tem plano de saúde, consultam no particular, de preferência na Capital ou até mesmo fora do Estado, principalmente quando estamos falando do Majoritário (Prefeito). Quem sabe se está funcionando ou não, as coisas no munícipio, são os usuários, o povo.
Esta redação ouviu todos os lados, e diante de uma breve investigação, entende que a atual gestão não tem culpa dos maus feitos ou não feitos em gestões anteriores, mas que ao registrar o nome no TRE na disputa pelo cargo a prefeito, sendo eleito, com a promessa de que colocaria a cidade no trilho, assumi apartir daí, a responsabilidade da melhoria, da mudança e do novo. Mesmo que na esfera municipal, a responsabilidade seja de forma indireta, como é o caso do hospital, que mesmo sendo de responsabilidade do Governo, cabe ao município fiscalizar, articular e denunciar, se for o caso.
Lembrando que a falta do cumprimento do que foi prometido em campanha, um dia, se provado que prometeu, poderá o gestor vir a responder por estelionato eleitoral, se configurado como crime. Cabendo aos eleitores junto aos vereadores fiscalizar e denunciar.
“Uma lamentável situação.
Infelizmente o Acre está perdendo até o que tem de melhor, sua população, cujos sonhos passam a ser plantados fora do Estado”, é o desabafo de um leitor em particular.

Em pauta no Senado Federal/e-Cidadania…
Diante do exposto, deve-se criar dispositivos legais que torne crime fazer promessas de campanha e não cumpri-las até o fim do mandato, aplicando penas que podem ir de multas, até a cassação do mandato ficando o “mentiroso” inelegível por até 8 anos. Toda promessa de campanha, obrigatoriamente deve ter um planejamento que, previamente, deve ser protocolado na justiça eleitoral e somente promessas protocoladas devem ser expostas à sociedade sob pena de impugnação da candidatura caso haja extrapolação do que foi documentado. A criação de dispositivos assim darão mais segurança e transparência ao eleitorado brasileiro para poder votar de acordo com a realidade e o povo vai ter a chance de cobrar efetivamente as promessas feitas e não cumpridas através de denuncias na Justiça Eleitoral. O sistema político Brasileiro tem que mudar!