Emilson Fontes foi diagnosticado com leucemia em outubro e há dois meses está internado no Hospital do Câncer do Acre (Unacom). Desde que entrou na unidade, Fontes já ficou duas semanas a espera de uma bolsa de sangue para o tratamento. Assim como ele, outros pacientes também precisam das doações.

As bolsas de sangue não ajudam só pacientes de acidente de trânsito, cirurgias, da UTI e que dão entrada nas emergências das unidades de saúde.

“Não sou só eu, mas como muito outros pacientes que passam por isso. Precisamos de sangue, plaquetas e muitas vezes não tem disponível no banco de sangue da fundação, nem no Hemcoacre por falta de doadores. Isso complica muito pra gente e até para os médicos, que tentam nos ajudar, mas, infelizmente, não tem doadores. Se não tem, o quadro é só piorar se não recebermos”, lamentou.

Bolsas de sangue são disponibilizadas para pacientes com câncer, que dão entrada nas emergências dos hospitais e que estão na UTI — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Bolsas de sangue são disponibilizadas para pacientes com câncer, que dão entrada nas emergências dos hospitais e que estão na UTI.

Complicações

Sem as bolsas de sangue, os profissionais de saúde correm contra o tempo para encontrar soluções e ajudar os pacientes. O médico Leonardo Lomonaco explicou que sem a adoção os profissionais ficam de mãos atadas porque nada substitui a transfusão e reverte um quadro agudo, por exemplo.

“A gente tem até algumas drogas que aumentam a quantidade de sangue, mas não são elas que vão fazer de maneira imediata. O sangue é essencial. Quando tem esse déficit, impacta muito o trabalho, as chances de ter um quadro favorável começa a diminuir. A gente precisa, realmente, que a população entenda que precisamos ter estoque de sangue, que tem de ser de maneira permanente. Sei que na pandemia tudo ficou mais difícil, mas há meios de fazer a adoção de maneira segura. A gente precisa disso”, destacou.

Segundo o setor de captação do Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) por dia são utilizadas 50 bolsas de sangue solicitadas de forma emergencial. Com essa demanda, a unidade precisa garantir um estoque para as pessoas já em tratamento.

“Essa semana tivemos um número de paciente muito maior do que o programado e esperado. Estamos temendo não conseguir atender esses pacientes que tanto estão precisando de sangue e que não pode ser comprado”, explicou a enfermeira de captação do Hemoacre, Quésia Nogueira.

A enfermeira destacou que as doações não podem ser feitas apenas quando um familiar, amigo ou alguém próximo esteja precisando.

“Não dá tempo de criar um grupo de WhatsApp para doar para um parente ou alguém que esteja precisando de forma emergencial. Geralmente, esses pacientes são atendidos com a bolsa da semana anterior daquele doador que veio e doou sem saber para quem esteva doando. Isso precisa ficar muito claro para nossa população”, frisou.

Ato de solidariedade

Aniele Ferreira revelou que fez duas doações durante a pandemia com todos os cuidados sanitários. Para ela, a atitude é um ato de solidariedade e não pode deixar de doar para quem precisa.

“Doar sangue para mim, sempre foi um ato de solidariedade se tornou mais importante ainda. O acréscimo da pandemia vi a importância de vim ao Hemoacre doar”, confirmou.

Ainda em tratamento, Emilson Fontes fez um apelo para a população.

“Muitas pessoas precisam disso, não só nós com câncer, mas pessoas que dependem desse sangue, pessoas que sofreram acidente, estão na UTI, que são as primeiras receber o sangue. Peço que você vá até o Hemoacre e faz sua doação. Aproveite o espírito natalino para poder estar ajudando essas pessoas, ajudando nós que precisamos de sangue. Talvez você não seja aquele super herói da TV, mas pode ser um herói da vida real. Doe sangue”, pediu.

Fonte: G1

Utilidade pública

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