O professor Junior do Nascimento, de 37 anos, uniu duas paixões para reinventar a forma de ensinar durante a pandemia: fotografia e história se uniram para mostrar aos internautas um Acre antigo, que os mais novos não viveram.

Por isso o perfil recebeu o nome: “O Acre que não vivi” e reúne fatos históricos do estado, que nesta terça-feira (15) completa 59 anos desde que virou estado – o único que lutou para ser brasileiro.

Atuando como professor há sete anos em duas escolas da rede pública de ensino, ele dá aula para o ensino fundamental. Segundo ele, ano passado, com a suspensão das aulas presenciais, devido à pandemia, teve a ideia de criar a página para chamar mais atenção dos alunos e também expor fotos históricas do estado.

“A ideia da página veio do gosto pelas fotografias como fontes historiográficas. Então, em sala de aula observava que os alunos se interessavam mais por fotos nas aulas e essas aulas fluem mais com o uso das fotografias. Também percebi que os alunos não conheciam bem o estado e a cidade em que moravam, olhavam para os lugares e não sabiam o que foi determinado lugar, aí resolvi criar a página, não só para os alunos, mas para todos”, conta.

Rei Roberto Carlos e Garrincha no Acre

A página mostra muitas curiosidades, como a primeira vez em que um avião fez a rota entre Brasília e o estado ou quando o rei Roberto Carlos esteve em Rio Branco. Junto com as fotos, as legendas trazem um pouco da história daquela época. Inclusive, ele tem fotos até da visita do Garrincha no estado.

O professor já trabalhou no patrimônio histórico do estado, de onde conseguiu algumas fotos, mas conta com a ajuda de amigos e internautas que também contribuem para o material.

“Como comecei a ficar mais em casa, fui atrás de mais fotos e imaginando o que faria com elas. Uma página era algo que queria fazer há muito tempo. Antes queria fazer um blog, mas como não tenho muita prática, fui pelo Instagram mesmo. Ainda bem que muita gente já gostou: alunos, ex-alunos, colegas. Muita gente me indica um familiar, pergunta se quero entrevistar e os seguidores me mandam fotos também”, conta.

Nascimento diz que a fotografia é uma forma eficaz de analisar o contexto histórico, percebendo detalhes que nem sempre estão tão claros na literatura.

“Através da fotografia podemos analisar muitas coisas; a arquitetura, o modo de se vestir das pessoas, coisas que existiam e não existem mais. Uma foto é uma aula. Por isso que a fotografia é importante, porque ela passa essas informações de geração para geração. Muitas pessoas não imaginam que o Formigão um dia foi um cinema. A primeira vez que fui a um cinema, foi no Cine Rio Branco assistir, inclusive, Os Trapalhões”, finaliza.

Algumas fotos:

  • Acre como estado
Cerimônia que marcou emancipação política do Acre  — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi

Cerimônia que marcou emancipação política do Acre — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi

A foto acima mostra o dia da cerimônia de assinatura que passou o Acre para a condição de estado em 1962. Antes o Acre era só um território federal. No centro da imagem está Jose Guiomard dos Santos, que lutou para que e o Acre se fosse um estado.

Iolanda Fleming primeira mulher a governar um estado no Brasil — Foto: Patrimônio Histórico do Acre

Iolanda Fleming primeira mulher a governar um estado no Brasil — Foto: Patrimônio Histórico do Acre

  • Primeira mulher no governo

Iolanda Fleming era vice-governadora na chapa com o Nabor Junior, com a ida do Nabor para disputar o Senado, ela assumiu o governo no ano de 1986 até 1987. “Uma foto que representa muito as mulheres, pois foi a primeira a governar um estado no Brasil”, diz o professor.

Avião Douglas C47, que fez a primeira ligação entre o Rio de Janeiro e o Acre — Foto: Patrimônio Histórico do Acre

Avião Douglas C47, que fez a primeira ligação entre o Rio de Janeiro e o Acre — Foto: Patrimônio Histórico do Acre

  • Ligação entre RJ e AC

Avião Douglas C47, que fez a primeira ligação entre o Rio de Janeiro e o Acre, quando o Rio de Janeiro era capital do país e o Acre um Território. A foto é de quando o avião veio pela primeira vez para o Acre.

Rei Roberto Carlos em Rio Branco em 1968  — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi

Rei Roberto Carlos em Rio Branco em 1968 — Foto: Reprodução/O Acre que não vivi

  • Roberto Carlos no Acre

Rei Roberto Carlos em Rio Branco em 1968. Segundo o professor, ele fez um show no Estádio José de Melo. A foto foi enviada a ele por um amigo.

Fonte: G1

Utilidade pública

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Torna público que requereu ao Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, a Licença de Operação para atividade de Suinocultura – Terminação capacidade para 4.000 (quatro mil) animais, localizada no ramal da Estrada Velha, km 33, Zona Rural no município de Epitaciolândia – Acre

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