Uma mulher encontrou um filhote de jararaca no quintal de sua casa de veraneio em Peruíbe, no litoral de São Paulo, e agiu de forma “surpreendentemente calma”. O animal foi resgatado e solto na natureza, com o auxílio de um biólogo da Secretaria de Meio Ambiente da cidade, que revelou ter se espantado com a postura da moradora.
A gerente financeira Priscila Gomes Luiz estava em sua casa na Praia do Guaraú, em Peruíbe, quando avistou o animal. Ao g1, ela explicou que a serpente estava no quintal, mas que, ao notar sua aproximação, se assustou e seguiu para a lavanderia. Nesse momento, ela confessa ter levado um susto, “mas foi leve”, diz.
Passado o susto, Priscila imediatamente buscou ajuda profissional para remover o animal de forma segura para todos. Ela contatou o biólogo Thiago Malpighi, que trabalha na Secretaria de Meio Ambiente de Peruíbe, que em poucos minutos chegou ao local.
Mesmo antes de ficar frente a frente com a jararaca, o especialista passou algumas instruções para a gerente financeira. Ao g1, ele disse ter orientado ela a impedir que animais domésticos e pessoas, especialmente crianças, chegassem perto do local. Além disso, pediu que mantivessem contato visual com o animal até que ele chegasse, para evitar surpresas desagradáveis.
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Filhote de jararaca foi resgatado e devolvido à natureza — Foto: Arquivo Pessoal
Em menos de 20 minutos, o biólogo chegou à residência e realizou a captura da jararaca. Conforme relata, a serpente era da espécie Bothrops jararaca, e estava na fase de filhote, com aproximadamente 30 centímetros de comprimento. A serpente foi solta em uma área de vegetação nativa no sábado (12).
Calma
Thiago relatou ao g1 que se espantou com a postura de Priscila, que se manteve “surpreendentemente calma” em todo o processo. “Ela já imaginava que era uma jararaca, e ainda assim, de maneira admirável, estava bastante calma”, diz.
Thiago pontua que não é comum as pessoas agirem de forma tão calma. “Normalmente, ficam agitadas nesses momentos”. Priscila diz que tinha ciência de que o local era propenso ao aparecimento de animais como cobras, e que acha importante não matar tais bichos, mas buscar ajuda.
O especialista destaca que, de setembro de 2021 até esta segunda-feira (14), participou de cinco resgates de jararacas na região. O animal é peçonhento, e está envolvido em aproximadamente 90% dos quadros clínicos decorrentes da mordedura de serpentes no país.
O biólogo ressalta que, além da postura, a atitude da gerente financeira, de buscar ajuda profissional, também foi a ideal para a situação. “As pessoas, em vez de matar, devem manter uma distância segura e entrar em contato com profissionais e pessoas habilitadas para ajudarem em situações como essa”, conclui.
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Jararaca encontrada no quintal de casa de veraneio foi resgatada e solta na natureza — Foto: Arquivo Pessoal
Fonte: G1
