“Ainda há vidas para salvar”

Médica e diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, 59, foi chamada a falar à CPI da Covid no dia 24 de junho como representante do Movimento Alerta, grupo formado por 12 organizações médicas e de direitos humanos que compilou dados sobre o que chamam de mortes evitáveis.
“Claro que a epidemia no país levaria algumas pessoas e que o vírus produziria mortes, mas, na nossa análise, vemos um excesso de vidas perdidas, resultado de negligência. Há medidas que poderiam ter sido tomadas e não foram, como testar o máximo de pessoas e aparelhar melhor o SUS (Sistema Único de Saúde)”, diz ela a Universa. A análise feita pelo Movimento Alerta foi uma solicitação da própria comissão.
A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria é independente ou de oposição), investiga ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Tem prazo inicial (prorrogável) de 90 dias. Seu relatório final será enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.