A Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Tributários foi criada pelo Governo Do Estado em 2019. Nasceu para compor o discurso do governador de combate a desvios de recursos e de impostos.

Nesses 3 anos foram várias operações para coibir crimes fiscais, como a entrada de mercadorias sem notas fiscais ou notas frias. A delegacia também chegou a vários empresários e até servidores públicos acusados de desvios de recursos, como a compra de merenda escolar e computadores pela Secretaria de Educação.

Mas a delegacia criada por Gladson Cameli, agora é quem passa a ser investigada, pelo menos os delegados que atuam nela. Eles estão sendo acusados de desvio de recursos públicos.

O processo que tramita em uma das Varas Criminais está pedindo a instauração de procedimento investigativo contra três delegados. Pedro Henrique Resende, que comanda a Delegacia de Combate a Corrupção; Karlesso Nespoli, que acabou de ser indicado para essa delegacia; e Rodrigo Noll de Combate a Crimes Tributários.

De acordo com a denúncia, os três delegados e um empresário do ramo de oficiana e venda de peças promoveram um esquema de notas fiscais frias, que podem ter desviado R$ 50 mil. Os delegados usavam fundos que chegavam às delegacias para a manutenção dos veículos e prédios, e usavam para fins pessoais.

Eles chegaram a realizadas curso de tiros nos Estados Unidos e possivelmente usaram o dinheiro da segurança em seus gastos. Um dos golpes é citado no processo. Um veículo modelo Gol fez um serviço na suspensão. O valor foi pago e sete dias depois o mesmo veículo passou pela mesma manutenção. O dinheiro desviado também vinha de convênios com outros órgãos.

A Corregedoria da Policia Civil foi acionada, mas a investigação deixou de apurar os detalhes e até o Ministério Público arquivou o caso. Mas, uma nova denuncia trouxe o tema a tona e a Justiça agora quer uma nova e severa investigação.

A juíza pede ainda que o Ministério Público acompanhe a investigação. Segundo a denúncia, existe um grau de amizade íntima do corregedor, Fabrízio Sobreira e os denunciados, assim como o Diretor Geral de Polícia que autorizou todos os gastos.

Na decisão, a juíza fala em prevaricação do corregedor que não atuou com imparcialidade. Prevaricar é quando o serviço deixa de fazer seu ofício em interesse pessoal.

Os delegados citados chegaram a postar fotos onde se intitulam “os intocáveis”. Em um vídeo divulgado, uma aluna da Polícia Civil perante Pedro Resende chega enaltecer o fato de ter 70 processos na Corregedoria e nunca ter acontecido nada.

Um dos casos em que a Corregedoria atuou, mas na defesa do delegado Pedro Resende, foi a denúncia de abuso de autoridade e tortura quando um professor foi espancado dentro de uma delegacia. As lesões corporais graves quase levaram a vítima a óbito.

Em primeiro grau o processo foi arquivado, mas o Tribunal de Justiça do Estado do Acre determinou que o juiz de primeiro grau analisasse e julgasse o caso, já que as provas mostram o abuso cometido pelo delegado.

O secretário de Segurança Pública disse que não está sabendo detalhes do caso. Já o governador Gladson Cameli disse que é favorável a toda investigação. E informou que não vai tolerar corrupção no governo, principalmente vindo dos delegados que investigam crimes dessa natureza.

Cameli não falou se pode haver afastamento dos delegados. Na última semana, a direção da Polícia Civil começou a fazer mudanças na delegacia, justamente na data em que a Justiça oficiou a Polícia Federal a abrir uma investigação sobre o caso.

Em nota, a Polícia Civil diz que:

A Direção Geral da PC não tem conhecimento oficial do procedimento de que trata o documento. De qualquer forma pela simples leitura percebe-se que possivelmente se refere a fatos ocorridos antes de 2019, em outra gestão. Ilações acerca da imparcialidade investigativa serão esclarecidas tão logo instados, o que não ocorreu até o momento. A Administração da PC está à disposição de quaisquer órgãos de controle e/ou investigativos, e não compactuamos com nenhum possível ato ilícito de quem quer que seja.

Fonte: Agazeta.net

Utilidade pública

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