A Coreia do Norte lançou um míssil balístico no Mar do Leste na manhã desta terça-feira (noite de segunda no Brasil), menos de uma semana depois do governo norte-coreano ter testado o que disse ser um míssil hipersônico. Os lançamentos consecutivos acirram as tensões ao redor do programa nuclear de Pyongyang a menos de dois meses da eleição em que a Coreia do Sul escolherá seu novo presidente.

O míssil viajou aproximadamente 700 km, chegando a uma altitude de 60 km antes de cair no mar entre a Coreia do Norte e o Japão, afirmam os sul-coreanos. Ele atingiu o equivalente a dez vezes a velocidade do som, sendo “mais avançado” que os projéteis testados anteriormente.

Após o teste da semana passada, horas antes da inauguração das obras de uma ferrovia entre as duas Coreias, a Coreia do Sul havia se recusado a classificar o míssil testado pelos norte-coreanos como hipersônico, como fez Pyongyang, afirmando apenas que ele havia atingido seis vezes a velocidade do som. Desta vez, o regime de Kim Jong-un foi ainda mais rápido.

“Nossas forças armadas detectaram um possível míssil balístico disparado pela Coreia do Norte em terra em direção ao Mar do Leste”, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado.

Não é incomum que mísseis balísticos façam viagens hipersônicas, superiores a cinco vezes a velocidade do som. Há, contudo, uma corrida entre países como os Estados Unidos, a China e a Coreia do Norte para desenvolver mísseis de deslizamento hipersônico capazes de carregarem ogivas nucleares. Manobráveis, mísseis de deste tipo seguem uma trajetória plana e são mais difíceis de rastrear e interceptar, pois podem ter seu curso alterado para desviar de defesas antiaéreas.

Segundo os sul-coreanos, o projétil testado na semana passada por Pyongyang tinha um veículo manobrável de reentrada, capaz de driblar sistemas de defesa mudando seu curso na atmosfera. Não está claro se tecnologia também estava presente no lançamento desta terça.

“Nosso Exército tem a capacidade de detectar e derrubar o projétil lança pela Coreia do Norte hoje”, afirmou Seul, destacando que, ainda assim, o teste norte-coreano é uma “grave ameaça para a paz e a estabilidade”.

Críticas internacionais

Os novos testes norte-coreanos vêm em um momento político importante para a Coreia do Sul, que terá eleições em 9 de março. De saída, o presidente Moon Jae-in busca deixar um legado diplomático com o Norte antes do término do mandato, em maio, incluindo uma eventual declaração pondo fim oficial ao conflito entre as duas Coreias — os dois lados assinaram um armistício em 1953 e, ao menos tecnicamente, seguem em guerra. Até agora, Pyongyang não respondeu se aceita ou não.

O lançamento também foi relatado pela guarda costeira japonesa, que indicou que era um “objeto semelhante a um míssil” e parecia ter caído fora da zona econômica exclusiva do Japão.

— É extremamente lamentável que a Coreia do Norte continue lançando mísseis —  disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, após o lançamento desta terça.

O Departamento de Estado americano criticou o lançamento, afirmando que viola várias resoluções do Conselho de Segurança e ameaça países vizinhos. Decisões do braço da ONU proíbem expressamente o país de Kim de desenvolver ou testar mísseis balísticos ou nucleares.

O lançamento ocorreu depois que seis países, incluindo os EUA e o Japão, pediram à Coreia do Norte que suspenda as “ações desestabilizadoras”em uma Reunião no Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira. França, Reino Unido, Irlanda e Albânia aderiram a esse apelo, pedindo a Pyongyang “que se engaje em um diálogo que leve ao nosso objetivo comum de desnuclearização completa”.

“Cada teste de míssil serve não só para avançar as capacidades da Coreia do Norte, mas para expandir o leque de armas ilícitas disponíveis para exportar para clientes e vendedores pelo mundo”, afirmaram na nota, alegando que os desenvolvimentos ocorrem às custas do povo norte-coreano.

Negociações paralisadas

Evidências do programa hipersônico norte-coreano vieram à tona há um ano, quando o país anunciou que estava desenvolvendo novos armamentos, incluindo mísseis capazes de carregarem várias ogivas nucleares e um submarino nuclear. Em setembro, o país realizou o primeiro teste do que disse ser um míssil hipersônico — que, segundo os sul-coreanos voou a três vezes a velocidade do som.

— O lançamento tem motivações políticas e militares — disse Shin Beom-chul, pesquisador do Instituto de Pesquisa da Coreia para Estratégia Nacional. — A Coreia do Norte continua realizando testes para diversificar seu arsenal nuclear.

Em 2021, a Coreia do Norte disse que havia testado com sucesso um novo tipo de míssil balístico lançado por submarino, uma arma lançada por trem. Em uma reunião do partido governista norte-coreano em dezembro, Kim prometeu continuar a fortalecer o aparato militar do país.

Desde que Kim Jong-un chegou ao poder, há dez anos, a Coreia do Norte viu um rápido avanço em sua tecnologia militar, pela qual recebeu sanções internacionalmente. Apesar das sérias dificuldades econômicas sofridas durante a pandemia de coronavírus, Kim insiste em fortalecer a capacidade de guerra de seu país, algo que especialistas dizem ser um instrumento de barganha para o regime mais isolado do planeta.

O país não testa mísseis balísticos intercontinentais, capazes de ameaçar o território americano, desde que fez três lançamentos em 2017, no início do governo do então presidente Donald Trump. Durante a campanha eleitoral e no início de seu mandato, o republicano afirmava que atacaria a Coreia do Norte com “fogo e fúria” caso o país ameaçasse os EUA.

A troca de insultos, contudo, ficou para trás, e os dois se encontraram para duas inéditas cúpulas, em junho de 2018 e fevereiro de 2019. A primeira delas, em Singapura, terminou com vagas promessas para um acordo sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. A segunda, em Hanói, acabou antes do previsto e sem qualquer avanço das negociações, que continuam paralisadas desde então.

Fonte: G1

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