A defesa de Monique Medeiros criticou a Polícia Civil pela conclusão do inquérito que investigava a morte do menino Henry. Os advogados da professora disseram que o caso “foi finalizado prematuramente com erros investigativos”. Segundo Thiago Minagé, Thaise Assad e Hugo Novais, “Monique não teve igual direito, em ‘dois pesos e duas medidas'” – se referindo a outras pessoas que prestaram mais de um depoimento.
“Mesmo a reconstituição dos fatos, baseada em versão irreal de Monique sob coação e dissimulação, é imprestável. O Inquérito não aprofundou investigação sobre receitas, obtenção e uso de medicamentos, relatado pelas vítimas, embora esta defesa tenha expressamente requerido”, disse a defesa.
O delegado Antenor Lopes, diretor de Polícia Civil da capital, rebateu as acusações dos advogados de Monique Antenor:
“Isso não é verdade. Acompanhei pessoalmente e vi por inúmeras vezes o Dr. Henrique e a Dra. Ana Carolina trabalhando finais de semana, feriados. Lamentamos esse tipo de tentativa desesperada de quem está tendo dificuldade de encontrar argumentos”.
Em nota, a defesa de Monique Medeiros disse que a polícia “estranhamente promoveu vazamentos seletivos apenas do conteúdo do celular de Monique e não deu acesso à defesa a integralidade da investigação, com graves violações à prerrogativas profissionais e dispositivos processuais penais”.
O delegado Antenor Lopes questionou novamente o posicionamento dos advogados dizendo que o titular da 16ª DP “trabalhou de forma ética”.
Os advogados da mãe de Henry se queixaram alegando que a Polícia Civil “desprezou repetição de comportamento criminoso padrão de violências contra mulheres e crianças, sem levar em conta que Monique é mais uma das muitas vítimas, com o terrível diferencial da trágica morte de Henry”.
Durante a entrevista coletiva a respeito da conclusão do inquérito da morte de Henry, Antenor Lopes disse que Dr. Jairinho e Monique Medeiros “contrataram outras equipes de advogados e a estratégia dos advogados da Monique foi começar a acusar o vereador Dr. Jairinho que até então alegavam a mesma versão”.
“Eles estavam em total sintonia e por isso ela está sendo responsabilizada pela morte de Henry, por isso ela responde pelo resultado morte e pelo resultado tortura. Eu na qualidade de diretor afirmo que a lei, a constituição, todos os direitos foram respeitados”, finalizou o delegado.
Por fim, os advogados disseram que irão “trabalhar com objetivo de fazer prevalecer a verdade na Justiça. Tratar Monique como coautora do crime é erro injustificável”. A defesa finalizou alegando que a mãe de Henry “é inocente”.
Da Uol