No dia 8 de dezembro, numa segunda-feira, o Fronteira News acompanhou as votações na câmara de vereadores do município de Brasiléia e o que muito chamou a atenção foram os projétos 001|002 de 2020, que trata do aumento salarial e décimo terceiro para os vereadores do município, projetos esses que foram aprovados com apenas três votos contras, sendo os votos dos vereadores Charbel Reis Saad do (PSL), Joelso Pontes do (PP) e vereador Rosildo do (PT).
Ao termino da sessão o repórter perguntou ao vereador Rogério Pontes (PROS), atual presidente da Câmara dos Vereadores, se ele se sentia confortável em aumentar o próprio salário no momento de pandemia, o vereador prontamente respondeu que não só se sentia confortável como também votaria para 10 mil se fosse o caso. E completou: “só sabe o que ser vereador quem está no cargo e quem reclama são os opositores, e se estão achando ruim que se candidatem, estou pronto pra enfrentar qualquer um, na rua”.
Na entrevista, o presidente da câmara em nenhum momento pareceu se solidarizar com o momento em que estamos passando, uma crise social com o novo coronavírus e com o encerramento dos auxílios (emergências) e reafirmou que o reajuste salarial dos parlamentares era prioridade.
Na ocasião também foi entrevistado o vereador Edú Queiroz (PT), que falou ter votado de acordo com sua consciência para os reajustes nos salários dos vereadores, tende em vista que Câmara Municipal tem um orçamento de mais 2 milhões por ano, que não era um absurdo já que estava dentro dos recursos da Câmara. Edú votou a favor de um reajuste que nem vai usufruir, já que não foi reeleito.
O reajuste salarial, este previsto para o ano de 2022, com um aumento de 1.500 reais, não cabia ser votado agora, pelo momento em que estamos passando (pandemia), que atinge agora uma segunda onda de infectados. O ilustre Vereador mostra descaso com a saúde da população que deveria ser prioridade.
A sessão com a pauta de aumento salarial ocorreu de portas fechadas, não dando ao povo a oportunidade de opinar, marcada para acontecer na penúltima sessão, para que o público não tivesse tempo de contestar esse projeto que não passa de uma decisão autoritária, ambiciosa e de causa própria.
Vídeos abaixo vasaram e repercutiram em todo o Brasil.
