O Acre perdeu mais de 8,8 mil quilômetros quadrados de suas florestas entre os anos de 2000 e 2018, segundo dados do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nessa quarta-feira (17).
Conforme o monitoramento do IBGE, o estado teve uma redução de 5,87% na da área de vegetação florestal, passando de 150.829 quilômetros quadrados em 2000 para 141.972 Km² em 2018.
Com isso, o Acre fica em 6º lugar no ranking entre os estados brasileiros que tiveram as maiores reduções da vegetação florestal entre em 18 anos. O tamanho da cobertura florestal que foi perdida é maior que o tamanho da capital Rio Branco, que tem 8.835 km².
Áreas de pastagem com manejo
O estado também ficou entre os dez que tiveram a maior expansão de área de pastagem com manejo nesse período.
Segundo a Embrapa, o pasto com manejo é um conjunto de técnicas usadas para que o rebanho produza uma maior quantidade de carne e leite por área, sem afetar o desenvolvimento da forrageira e a qualidade do solo.
Entre 2000 a 2018, a área de pastagem do Acre aumentou em 5.417 km², o que representa 73,46%, saindo de 7.374 Km² para 21 Km². Já com relação à área agrícola, o estado ficou entre os três do país que tiveram redução, passando de uma área de 44 km² para 21 km² em 18 anos.
O estado perdeu 8.857 km² de vegetação nativa entre os anos de 2000 e 2018, segundo o monitoramento. O estado com maior redução de vegetação nativa foi o Pará (-118.302 km²).
Áreas de mosaicos florestais
Dados do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra também apontaram que as áreas de mosaicos florestais tiveram um crescimento de 3.399 km² durante os 18 anos. O aumento entre os anos foi de 60,57%.
Um mosaico florestal é quando, em uma mesma área, existe atividade agrícola, pastagem e/ou silvicultura associada ou não a restos de florestas que foram degradadas.
Em 2000, a área de mosaicos florestais no Acre era de 5.612 km². Em 2018, essa área foi de 9.011 km², segundo os dados do IBGE.
Segundo o IBGE, esse monitoramento que tem como objetivo espacializar e contabilizar a cobertura e uso da terra em todo o Brasil permite uma análise mais detalhada da dinâmica do uso da terra e é uma importante ferramenta para gestores dos estados e instituições de pesquisa.
Fonte: ContilNet
