A defesa de sete médicos que são investigados pela Polícia Federal, no município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, por suposta lotação irregular em hospitais da região, disse, nesta quinta-feira (3), que não há irregularidades nas lotações dos profissionais.

O Diretor Técnico do Hospital do Juruá, Marcos Lima, chegou a ser afastado das funções, após a PF deflagrar, nessa quarta (2), a operação “Choro de Hipócrates”, que investiga a  lotação irregular de servidores da saúde em várias unidades de saúde no interior do Acre. O G1 tenta contato pelo segundo dia com o médico, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Nesta quarta, o G1 tornou tentar falar novamente com a administração do hospital, a Associação Nossa Senhora da Saúde (Ansssau), mas também não conseguiu. A Rede Amazônica divulgou que o médico Marcos Lima se manifestaria em nota, mas, até a tarde desta quarta, o documento ainda não tinha sido divulgado.

“A gente está, hoje, fazendo as conversas com todos para a gente entender. E já dá para a gente dizer que não há, de forma alguma, qualquer irregularidade. Todos os atos que eles fazem lá dentro do hospital é tudo supervisionado pela Anssau. Eles controlam absolutamente tudo, os pontos, o horário”, disse o advogado Rapahel Sanson.

Sanson falou ainda que os médicos que ele representa não foram afastados das funções e que a medida foi imposta apenas ao diretor técnico. “Algumas confusões, por exemplo, têm médicos que têm sobreaviso e isso desconta carga horária, é um terço do valor normal. Ou seja, se passa 30 horas de sobreaviso direto, desconta 10 horas de carga horária, e assim vai, e isso não foi computado pela Polícia Federal, isso foi o que inicialmente a gente já conseguiu ver. Essas coisas assim é que vão ter que ser explicadas para a justiça.”

Investigações

A PF identificou as irregularidades, entre elas acúmulo de funções com carga horária incompatível e sem prestar serviço. Investigações ocorrem nas cidades de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Mâncio Lima, e também em Rondônia (RO), Minas Gerais (MG) e Bahia (BA).

“Inúmeros agentes públicos da área da saúde estariam supostamente acumulando, de forma indevida, trabalhos com aparente incompatibilidade de horários, recebendo valores públicos sem realizar a devida contraprestação, gerando, com isso, prejuízos para os diversos entes da federação, em específico para a União, ante os indícios de fraude no programa federal Mais Médicos do Brasil e no Sistema Único de Saúde (SUS)”, informou a PF.

Após as investigações, a Justiça Federal de Cruzeiro do Sul, no Acre, expediu 14 mandados de sequestro de bens, um mandado de busca e apreensão e um mandado que impôs três medidas cautelares devido à prisão de um dos investigados. Além disso, foram bloqueados R$ 3,2 milhões.

Ainda segundo as investigações, foi possível identificar que o controle de frequência e permanência dos médicos nos hospitais não existe, como o registro de ponto eletrônico, o que contribui para a prática de crimes.

“Diante desse ‘estado inconstitucional’ que se encontra o atual sistema público de saúde da região, a Polícia Federal representou, perante o juízo federal competente, pelo sequestro de veículos, casas e demais bens adquiridos com dinheiro público obtido através de condutas supostamente criminosas (possíveis estelionatos contra a Administração Pública), bem como pelo bloqueio de ativos financeiros, buscas, apreensões e por medidas cautelares diversas da prisão”, acrescentou a PF.

Diretor do Hospital do Juruá é afastado após operação da PF que apura fraude da saúde pública — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Sobre a Operação

A operação recebeu este nome devido Hipócrates ser considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da medicina, frequentemente considerado o pai da medicina. Foi ele quem escreveu um juramento, denominado de o juramento de Hipócrates. Este juramento é reproduzido pelos médicos durante formaturas, no qual juram praticar a medicina honestamente.

Redação FN

Fonte G1

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Torna público que requereu ao Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, a Licença de Operação para atividade de Suinocultura – Terminação capacidade para 4.000 (quatro mil) animais, localizada no ramal da Estrada Velha, km 33, Zona Rural no município de Epitaciolândia – Acre

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