Após um debate parlamentar de 10 horas, em que o presidente apresentou sua dispensa no início, apenas 32 legisladores votaram a favor da dispensa, 78 contra e 15 se abstiveram
O presidente do Peru, Martín Vizcarra, foi salvo nesta sexta-feira de ser demitido pelo Congresso ao encerrar um julgamento político, pois seus oponentes não alcançaram os votos necessários para destituí-lo do poder.
Após um debate parlamentar de 10 horas, no qual o presidente apresentou sua dispensa no início, apenas 32 legisladores votaram a favor da dispensa, 78 contra e 15 se abstiveram, de modo que a moção foi arquivada.
Os oponentes de Vizcarra precisaram de 87 votos, de um total de 130, para remover o governante popular.
“O pedido de vaga não foi aprovado, pelo que vai para o arquivo”, declarou após a votação o chefe do Congresso, o opositor Manuel Merino, que teria assumido o poder se o processo contra Vizcarra, por ele promovido, tivesse sido aprovado.
O processo de impeachment por “incapacidade moral”, iniciado há apenas uma semana, gerou grande incerteza no país andino, em meio à nova pandemia de coronavírus e à recessão econômica.
Vizcarra, um engenheiro de 57 anos, foi acusado de instigar dois assessores a mentir em uma investigação sobre os contratos disputados de uma cantora, segundo áudios que vazaram.
O presidente de centro-direita deve governar até 28 de julho de 2021. As eleições presidenciais e legislativas são convocadas para abril de 2021.
Mais de 70 parlamentares falaram durante o debate pré-votação.