A Justiça do Acre pronunciou Hualeson Pereira Cavalcante, Raimundo Nonato Nascimento Cavalcante e Gerson Feitosa Ferreira Júnior pelo crime que resultou na morte do pastor Raimundo de Araújo da Costa, em abril do ano passado. Ou seja, os três acusados do crime devem ir a júri popular.
A morte foi durante um arrastão na Estrada Transacreana, Rodovia AC-90 no km 70, zona rural de Rio Branco, que terminou com o roubo de vários objetos. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos.
Após o crime, os envolvidos foram presos. E em setembro do ano passado, a Justiça aceitou a denúncia oferecida do Ministério Público do Acre (MP-AC) contra Cavalcante, vulgo “Peteca”, Hualeson Cavalcante, vulgo “Ualan”, e Gerson Júnior e um outro que não foi pronunciado.
De acordo com o processo, Clodoaldo Bruno (que não foi pronunciado), Hualeson Pereira Cavalcante, Raimundo Nonato Nascimento Cavalcante e um adolescente de 17 anos estavam em um carro conduzido por Gerson Feitosa Ferreira Júnior, quando decidiram matar o pastor.
Os três agora aguardam a data do julgamento que deve ocorrer na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Conforme o processo, eles devem responder pelo crime de homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.

O crime
O pastor e colono Raimundo de Araújo Costa, de 62 anos, foi assassinado com um tiro ao ter a propriedade invadida na noite de 9 de abril de 2021. Os suspeitos do homicídio fizeram um arrastão e roubaram diversos moradores.
A ação criminosa teria se estendido por dois dias. Um motorista de aplicativo foi preso na entrada do Ramal Macarajuba, no km 68 da rodovia. A polícia conseguiu ainda recuperar alguns bens roubados durante o arrastão.
Segundo a polícia, um grupo de criminosos fez 25 pessoas reféns em uma propriedade da Estrada Transacreana. Os bandidos levaram motocicletas, dinheiro, roupas, gerador de energia, eletrodomésticos, rifle de pressão, celulares, roçadeiras e armas.
Três equipes da Polícia Militar (PM-AC) foram para a localidade e na entrada do Ramal Macarajuba encontraram o motorista de aplicativo parado. Ele tentou explicar o que fazia no local, mas aparentou nervosismo e desconversou. Diante da suspeita, a polícia deu voz de prisão e deixou uma equipe com ele.

Por G1