Flávio Silva Santos, de 30 anos, ficou preso por 2 anos e meio após ser acusado de integrar um grupo de 10 criminosos envolvidos no assalto a um sítio na Região Metropolitana de São Paulo, em 2019.

Identificado na delegacia por uma foto de Facebook, ele acabou condenado a 13 anos de prisão. Posteriormente, no entanto, sua defesa conseguiu provar as irregularidades na identificação fotográfica conduzida na delegacia. E, na última segunda-feira (16/5), Santos foi solto após ser absolvido por um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Não tinha porque estar pagando por um crime que não cometi. Acabei ficando preso por 2 anos e 6 meses. Foi um tempo que eu perdi da minha vida. Infelizmente, vai ser muito difícil agora conseguir restaurar minha vida”, disse Santos ao Metrópoles.

A advogada criminalista Flávia Guth acompanhou gratuitamente o trâmite do processo no STJ. “Esse é o caso mais absurdo que eu já vi em toda a minha vida. É um caso muito violento. Tiraram a vida dele”, destacou Flávia Guth.

“Acredito que teve um pouco de racismo e preconceito sim para me condenar. Isso é desumano. Não pode ficar reconhecendo a pessoa sem 100% de prova”, afirmou Santos, após reconquistar a liberdade.

Acusação

O crime aconteceu no dia 26/10/19, em um sítio em Itapecerica da Serra, município da Região Metropolitana de São Paulo, mesma cidade em que Flávio mora.

Às 6h de 18/11/2019, policiais invadiram a residência do homem à procura de “Flavinho”, que, segundo os agentes, teria dois filhos. A esposa contou que ele estava trabalhando e que o casal não tinha filhos.

Os policiais afirmaram que tinham entrado no lugar errado. A mulher chegou a oferecer o endereço da empresa em que o marido trabalhava como carregador e em serviços gerais, mas os agentes disseram que não seria necessário e foram embora.

Foto na delegacia

Santos soube que outras casas do bairro Santa Amélia tinham sido invadidas e que algumas pessoas acabaram presas. Ficou bastante preocupado e isso se agravou dias depois quando esses conhecidos foram soltos e disseram que havia uma foto de Flávio na delegacia.

“Eu os conhecia de vista, o bairro é pequeno, a gente conhece todo mundo. Fiquei com muito medo quando eles contaram que o meu nome e a minha foto estavam lá”, disse.

Ele decidiu ir até a Delegacia de Itapecerica da Serra apenas para entender o que tinha ocorrido. O homem foi acompanhado pelo irmão Tarcísio Silva Santos, a irmã e a esposa, mas não achou que era necessário ter a presença de um advogado.

“O primeiro impulso nosso foi ir à delegacia, porque nossa consciência estava muito limpa. Tínhamos noção de que o meu irmão não fazia nada de errado. Sabíamos que o meu irmão estava trabalhando”, contou Tarcísio Silva Santos ao Metrópoles.

Prisão

Em 28/11/2019, na delegacia, ele descobriu que a foto pendurada na unidade policial era de 2016 e havia sido retirada de uma rede social. Santos não tinha antecedentes criminais.

 

Utilidade pública

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Torna público que requereu ao Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, a Licença de Operação para atividade de Suinocultura – Terminação capacidade para 4.000 (quatro mil) animais, localizada no ramal da Estrada Velha, km 33, Zona Rural no município de Epitaciolândia – Acre

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