O desabafo de uma mãe que não aceita a maneira que sua filha veio a óbito, denuncia o Estado por negligência e trás a tona o despreparo de muitos que atuam no sistema único de saúde em que todos nós estamos sujeitos.
Vídeo
No desespero, a mãe venezuelana e testemunhas relatam o racismo, a incompetência, discriminação e acima de tudo, a falta de humanidade vivenciada pela criança durante seu tratamento médico de Brasiléia à Rio Branco, o que só corrobora a realidade de muitos que não tem condições financeiras de arcar com um tratamento médico particular.
O desabafo de Marlis elianis Armas Gonzalez – a mãe
“Ela é mariangel calderon uma Nina muito feliz, cuja vida foi tirada por negligência médica, ela é pequena, junto com sua família são cidadãos venezuelanos, devido à crise econômica ocorrida na Venezuela Eles emigraram para o Brasil – Brasileiro há 2 anos e meio, para proporcionar um futuro melhor para sua filha. o pequeno mariangel foi diagnosticado em janeiro de 2021, com síndrome neufrótica. seu corpinho expeliu as proteínas da urina, o que levou a um tratamento, essa doença tem cura. A família de Mariangel a levou para o hospital Crianza em Rio Branco, onde ela foi internada, colocaram um conduto central fora da linha, onde ela causou uma infecção na menina, assim como o corpinho dela estava inchando, os pais de mariangel notaram que algo Estava ruim e eles foram ao médico responsável, que sempre falava, é normal! discriminação era evidente sendo estrangeiros, não havia atenção adequada. seus pulmões estavam cheios de fluido que produziu edema pulmonar e infecção hospitalar, mariangel parou de sorrir Este vídeo tem como objetivo marcar uma referência que independentemente da nacionalidade nem cor nem raça todos nós sentimos dor queremos que a justiça seja feita”.
Áudios da Mãe
A testemunha
De acordo com nossa CF/88 em seu art. 5º, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Vejam que nossa Legislação Suprema põe a salvo todos os direitos básicos dos estrangeiros, não podendo haver distinção ou menosprezo a essa condição. A dignidade da pessoa humana pertence à todos e todos devem respeitá-la, principalmente o Estado em seu dever de proporcionar as garantias fundamentais de todos que se encontrem em nossa Pátria, ainda que de forma provisória.
Não prestar um serviço público, principalmente voltado à saúde, é uma violação muito grave aos Direitos Humanos, direitos esses que são defendidos no mundo todo.
Por isso, toda e qualquer violação aos direitos e garantias fundamentais devem ser denunciados, investigados e ao final, diante de sua comprovação, os responsáveis devem ser punidos. É dever de todos zelar pela preservação da vida e da saúde.
