A falta de chuvas que afeta tanto a qualidade do ar devido às queimadas e também o nível do Rio Acre, em Rio Branco, que chegou a cota de 1,47 metro nesta terça-feira (31), levou o prefeito Tião Bocalom a decretar situação de emergência nas áreas rurais do município afetadas pela seca do manancial que já é considerada uma das piores.

O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e leva em consideração a falta de chuvas e consequentemente a baixa no nível do rio que chegou a ficar a 3 centímetros da menor cota histórica registrada em setembro de 2016, no último domingo (29).

A maior preocupação com a estiagem é o desabastecimento de água potável em comunidades rurais do município, potencializando danos e prejuízos à saúde humana, aos animais e a agricultura, segundo o decreto.

O coordenador da Defesa Civil do município, major Cláudio Falcão, já tinha informado na última semana que o decreto seria publicado. São cerca de 14 comunidades rurais que recebem esse reforço, segundo a Defesa Civil.

Para tentar amenizar a seca nas comunidades rurais, a Defesa Civil iniciou desde o final de julho o abastecimento de caixas d’água em alguns bairros da capital que não são atendidos pelo Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa).

“Considerando que a redução das precipitações acarreta considerável redução no nível do rio Acre, que se encontram abaixo da média histórica para o período, afetando consideravelmente o abastecimento de água dos municípios localizados em sua bacia”, diz o decreto.

Rio Acre, Rio Branco, 26 de agosto de 2021 — Foto: Hugo Costa/Arquivo pessoal

Rio Acre, Rio Branco, 26 de agosto de 2021 — Foto: Hugo Costa/Arquivo pessoal

Risco de colapso

O objetivo do decreto é tentar evitar o colapso no sistema hídrico do município, principalmente nas comunidades rurais.

“Considerando que os rios se constituem na principal fonte de captação para abastecimento de água nos municípios e o risco de colapso no sistema de abastecimento da mencionada bacia, em razão da redução das precipitações e consequente redução do nível dos rios do estado”, pontua.

A situação de emergência por estiagem possui a classificação em nível dois, de desastres de média intensidade. Com o decreto, a Defesa Civil pode requisitar apoio técnico e logístico de toda administração pública municipal, para garantir a prevenção, assistência e socorro às comunidades rurais.

Com o decreto ficam dispensadas de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de respostas ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários, bem como a contratação de pessoal, e tem validade de 90 dias.

O decreto agiliza e acelera medidas para amenizar os impactos da seca nessas comunidades. “Nós já estamos com o socorro na água potável, então a ideia é aumentar essa ajuda. E aí na Secretaria de Agricultura vamos avaliar o que pode ser feito também”, explicou Falcão.

Ainda segundo o major, a previsão é que a seca se agrave nos próximos dias. O coordenador diz ainda que está mapeando locais com risco de fogo e pedindo relatórios da saúde municipal para saber como a seca, a fumaça e as altas temperaturas estão afetando os atendimentos de saúde na capital.

“O que temos de previsão é que chuvas devem ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro, mas chuvas regulares somente em novembro, então vamos ter ainda uns dois meses críticos”, alerta.

Rio Acre na capital tem uma das menores cotas já registradas
Rio Acre na capital tem uma das menores cotas já registradas
Fonte: G1
Por Alcinete Gadelha
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