A Polícia Civil deu cumprimento, nesta terça-feira (10), a um mandado busca e apreensão para coletar documentos e informações na sede administrativa do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) e no Complexo Penitenciário de Rio Branco (FOC), em investigação que apura a entrega de marmitas no sistema prisional.
A polícia apura um eventual desvio de alimentos fornecidos e avalia os contratos existentes tanto da atual gestão quanto da anterior em uma possível entrega de marmitas em quantidade acima do necessário. O material colhido nesta terça deve passar por análise.
“Uma investigação que está em curso que procura comprovar ou não a existência de possíveis ilícitos na administração da alimentação dos reeducandos”, disse o delegado geral de Polícia Civil, Josemar Portes.
O presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, falou que a administração está fornecendo todas as informações necessárias e tem interesse em esclarecer as dúvidas existentes.
“O Iapen, a partir do momento que tomou ciência do mandado de busca e apreensão, se colocou à disposição, colaborando e fornecendo todas as informações que foram solicitadas, contratos físicos, bem como digitalizados. Como administração, temos o maior interesse em esclarecer qualquer dúvida”, garantiu.
As investigações focam no quantitativo das marmitas fornecidas. De acordo com Cunha, diariamente são fornecidas cerca de 3,5 mil marmitas em Rio Branco e a investigação deve apontar se o valor pago nos contratos corresponde à quantidade entregue.
“Nós assumimos a administração há um ano e quatro meses e, assim que assumimos, fiz um levantamento de todos os contratos do Iapen e solicitei uma inspeção do TCE em todos os contratos vigentes e desde o início”, pontuou Cunha.
A polícia não informou valores financeiros das supostas irregularidades. O Valor atual pago por marmita, segundo o Iapen, é de R$ 5,97.
Fonte: G1
Por Alcinete Gadelha