Sem dúvida, convocar o cadastro de reserva da Polícia Militar é no mínimo importante. Mas, por que, não beneficiar também o cadastro de reserva da Polícia Civil?
O descaso e o desrespeito do ilustre Governador para com o CR da PC tem gerado muitas revoltas nos mais de 500 candidatos, pois além das tantas promessas que foram feitas, há ainda desculpas completamente desprovidas de fundamentos fáticos e legais, tentando a todo custo justificar sua decisão em não convocá-los.
Parece que a volta do então, Coronel da PM ao Governo de Gladson vai custar mais caro para os aprovados do cadastro de reserva da PC, do que mesmo para qualquer outro na vida.
O que será que está por trás disso tudo? Uma coisa ou outra, mas o fato é: Muito estranho tanta dedicação a uma classe isoladamente. Sabemos que na política, muitas vezes, o Gestor tem que manobrar para não perder mais na frente. Só que, neste caso, a Gestão está cometendo um erro antecipado.
REALIDADE
Na verdade, o CR da PC tem lutado junto ao Governador por sua posse e investidura em seus cargos antes mesmo de Gladson Cameli ter se tornado o Governador.
É bom lembrar que essa causa foi defendida e prometida pelo próprio Governador enquanto ainda era um candidato entre os demais.
Recentemente, há alguns meses, o cadastro de reserva da PC esteve acampada há dias em frente à Assembléia Legislativa, ocasião em que o Governador, depois de muitos dias exaustivos de espera, se comprometeu mais uma vez, afirmando que até Fevereiro de 2022 estaria realizando a convocação.
Ocorre que esta semana, sua assessoria jurídica publicou uma nota que, dentre tantas informações absurdas, a que cabe mais destaque, é a de que se quer existe um cadastro de reservas!
Pasmém! Como assim não existe cadastro de reservas? E os delegados e agentes de necropsia que foram convocados e estavam além do quantitativo de vagas? Já que segundo a referida nota não existe cadastro de reservas, de onde eles saíram?
Governador, a análise da conveniência e da oportunidade está em suas mãos, mas existe um limite à essa discricionariedade, que se chama LEGALIDADE, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E PUBLICIDADE, ressaltando aqui, a Legalidade e a Moralidade Administrativa.
Já foram expostas pesquisas a respeito do grande número de crimes não solucionados em nossa Capital, o que demonstra cabalmente a necessidade de contratação de mais profissionais para a Polícia Civel.
Já foram abordados argumentos jurídicos e legais que permitem a convocação do cadastro de reserva da PC, que demonstram a possibilidade financeira de arcar com um novo curso de formação, bem como mais contratações.
Onde fica a BOA-FÉ e CONFIANÇA do Governador ao se comprometer, em várias ocasiões, com mais de 500 aprovados e, pouco tempo depois, afirma que “não há que se falar na existência de um cadastro de reserva”?
Onde fica a MORALIDADE ao ignorar um cadastro de reserva – em que candidatos passaram por praticamente todas as fases do concurso, estando aptos a ingressar na carreira policial – afirmando publicamente sua intenção em realizar novos concursos?
Enquanto o cadastro de reserva da Polícia Civil encontra-se “desiludido”, o Governador tenta realizar “manobras” de variadas formas para aproveitar até o último candidato do cadastro de reserva da Polícia Militar.
Recentemente, justificou a insistência na contratação imediata, relatando déficit no corporativo da PM. Mas…, se a PM está necessitando de agentes, por que convocar o CR para o Corpo de Bombeiros? Estranho né!
O fato é que o atual cenário do nosso Estado só corrobora a ideia de que políticos “não tem palavra”, e que o que é dito em campanha “não se escreve”!
Quanta vergonha!