Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que autoriza o governo a gastar R$ 164 bilhões em pessoal, previdência e outros encargos sociais com recursos obtidos via emissão de títulos da dívida — ou seja, por meio de endividamento.
A medida viola a chamada “regra de ouro”, que proíbe que o governo contrate empréstimos e use o dinheiro para financiar esse tipo de despesa. Ao buscar o aval do Congresso, Bolsonaro evita que seja enquadrado em crime de responsabilidade.
O Presidente encomendou a Paulo Guedes, um plano de reajuste salarial dos servidores em até 5%, o que deverá custar R$ 15 bilhões aos cofres públicos no próximo ano.
A medida, segundo o Estadão, pegou de surpresa os técnicos da Economia que trabalham no aumento do Bolsa Família para R$ 300, cujo custo ultrapassa os R$ 50 bilhões.
“Se for seguir a regra fiscal do teto de gastos, Bolsonaro terá de fazer escolhas entre um Bolsa Família mais robusto, o reajuste dos servidores ou mais investimentos em obras. Tudo ao mesmo tempo não cabe no espaço orçamentário, mesmo que o teto seja maior em 2022 por causa da correção da inflação mais alta.”
RESUMO
Essa é uma prática de políticos corruptos que, ao invés de colocar o Brasil nos trilhos, logo no início do mandato, combatendo os exageros, deixam para agir de última hora, quando sua popularidade está em baixa, oferecendo ao povo o que eles querem, mas que não sabem as consequências, comprometendo o orçamento nos cofres públicos, em prol de seus próprios interesses, a reeleição.