Com baixa procura, Saúde de Rio Branco segue com repescagem para vacinar pessoas com comorbidades contra Covid-19

Até o momento, foram vacinadas cerca de 15 mil pessoas em Rio Branco. A previsão inicial, contudo, era de imunizar aproximadamente 25 mil pessoas com comorbidades. O secretário municipal de saúde, Frank Lima, disse que o município tem ainda cerca de 4 mil doses para a 1ª aplicação e que o Ministério da Saúde deve mandar mais doses para o público-alvo.

“A previsão que faço é de que grande parte das pessoas com comorbidades foram vacinadas no grupo de idosos. O Ministério da Saúde ainda tem mais lotes de vacina para mandar para nós e, por isso, quero avançar na 4ª fase”, destacou.

Lima afirmou que vai propor o avanço no processo de vacinação em pessoas sem comorbidades nesta terça em reunião com o conselho dos secretários.

“O Ministério da Saúde ainda está mandando vacina para as comorbidades, mas tem pouca procura. Temos ainda 4 mil doses de vacina da primeira dose. Quero ver se conseguimos fazer um consenso e pedir ao Ministério da Saúde para entrar na 4ª fase”, frisou.

Nessa segunda, após inclusão no grupo prioritário pelo Ministério da Saúde, a Semsa começou a vacinar pessoas com doenças crônicas neurológicas. A repescagem seguiu também com grávidas e mulheres no pós-parto e outras pessoas com comorbidades. (veja lista completa abaixo).

Também é feita, normalmente, a aplicação da 2ª dose da vacina. Pessoas que precisam concluir a imunização, conforme data descrita na carteira de vacina, devem procurar o drive-thru, montado no antigo pátio do Detran-AC, em frente ao 7º BEC, das 8h às 17h.

• Urap Bacurau
• Urap Valdeisa Valdez
• Urap Eduardo Assmar
• Urap Rosângela Pimentel
• Urap Vila Ivonete
• Urap Roney Meirelles
• Urap Hidalgo de Lima
• Urap Claudia Vitorino
• Urap São Francisco
• Policlínica Barral y Barral

• pessoas com doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório e demência vascular);
• com doenças neurológicas crônicas que impactem a função respiratória;
• com doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
• com deficiência neurológica grave, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou condições similares.

• pessoas a partir dos 18 anos com comorbidades;
• pessoas com síndrome de Down a partir dos 18 anos;
• pacientes renais crônicos que fazem tratamento de hemodiálise a partir dos 18 anos;
• pessoas com deficiência permanente a partir dos 18 anos;
• Grávidas e puérperas com comorbidades;
• Pessoas com doenças crônicas neurológicas.

• CoronaVac

O intervalo ideal é de 28 dias entre as doses da CoronaVac. Um estudo do Butantan mostrou que a eficácia da vacina foi de 62% com intervalo de 21 a 28 dias, contra 50% com intervalo de até 21 dias.

• AstraZeneca

Já estudos clínicos da Oxford/AstraZeneca apontaram uma eficácia de 82,4% com a segunda dose, em um intervalo de três meses após a primeira dose.

• Pfizer

O ministério recomenda que a vacina seja administrada em um intervalo de 12 semanas (três meses). Em nota técnica, a pasta informa que o intervalo maior foi recomendado com base em estudos feitos no Reino Unido – o país optou por aumentar o espaçamento no início da campanha de vacinação, por causa da escassez de doses.

Já a bula do fabricante diz que o imunizante deve ser aplicado em um “intervalo maior ou igual a 21 dias entre a primeira e a segunda dose”.

De acordo com informações do portal de transparência do governo, o Acre recebeu 299.720 doses de vacinas e foram aplicadas 175.067 até essa segunda (24), data da última atualização, sendo 125.946 da primeira dose e 49.121 da segunda. Rio Branco aplicou 79.939 doses e Cruzeiro do Sul 19.639.

Segundo o governo, o número de doses aplicadas que consta no portal refere-se aos dados já inseridos no sistema do Ministério da Saúde, cujas atualizações são realizadas pelos municípios. Por isso, pode haver atraso nas informações.

Fonte: G1