A médica veterinária Erica Agostinho postou em suas redes sociais o caso do gatinho Felipos, mais conhecido como Fefê, que chegou à clínica em que ela trabalha em Rio Branco com 13,8 quilos e está fazendo tratamento para diabetes.
O objetivo da veterinária é alertar para a saúde preventiva dos animais, porque foi graças aos cuidados dos tutores e uma rotina frequente no veterinário que a diabetes do Fefê foi diagnosticada e está sendo tratada.
O gato foi resgatado pelos donos junto com Hannah, que era sua parceira inseparável. Só que há quatro meses a gata morreu e ele ficou mais ansioso, de acordo com a veterinária. O quadro de obesidade no gato foi diagnosticado há seis meses, se agravando após a perda da companheira.
“Ele não precisa tomar insulina, conseguimos controlar o caso dele com uma dieta medicamentosa para animais diabéticos. É uma ração específica que só o médico veterinário pode prescrever e ele é um animal saudável, ágil, corre e pula. A gente controla a rotina, horários, mas, claro, que a perda da parceirinha dele aumentou ainda mais essa ansiedade que o fez descontar na comida”, diz.
Riscos
Erica explica que o comportamento dos animais não é muito diferente dos humanos. “Às vezes, a fome em excesso é desencadeada por fatores emocionais: estresse, ansiedade de separação do dono, convivência com outros pets, disputa por território. Com boa intenção de não deixar o pet passar fome, o tutor que passa o dia fora deixa bastante alimento no pratinho que seria para o animal comer durante todo o dia”, pontua.
Não existe uma tabela de peso ideal para os felinos, mas são analisados vários outros fatores do animal.
Assim como nos humanos, o sobrepeso desencadeia nos pets algumas condições que precisam ser tratadas. “O sobrepeso desenvolve inúmeras doenças, como diabetes tipo 2, que é muito frequente na clínica médica de felinos, doenças cardiovasculares e articulares”, enumera.
Não se deve ficar alerta somente quando o animal se apresenta acima do peso, mas também, quando está muito magro. A veterinária diz que é preciso ficar atento aos 4 P´s da diabetes (poliúria, polidipsia, perda de peso e polifagia).
Didaticamente, é a frequência urinária aumentada, aumento na ingestão de água, aumento do apetite e perda de peso involuntária. Esses sintomas precisam ser observados, porque, segundo a veterinária, é comum encontrar felinos magros com diabetes.
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Veterinária alerta para medicina preventiva — Foto: Arquivo pessoal
Medicina preventiva
Erica destaca ainda que o comportamento dos tutores têm mudado nos últimos anos, fazendo ser mais comum as consultas de rotina dos pets. Fefê é acompanhado há 3 anos e foi por isso que o tratamento já dá sinais de melhora no quadro dele.
“A medicina preventiva é muito importante. É importante estar sempre de olho, não perder as datas de protocolos de vermifugação e é muito importante a gente falar da vacina de virose dos felinos, como vacina de raiva para cães e gatos”, acrescenta.
Não há uma expectativa de vida para os gatos, mas Erica diz que se ele for bem acompanhado o animal pode chegar a mais de 25 anos.
“Isso quando é bem acompanhado, bem assistido, vacinado, vermifugado, quando faz exames de rotina, isso que deve ser incluído na vida dos Pets e de quem se preocupa com seus filhos. Porque hoje os chamamos de filhos, aí os pais de pets que não me deixam mentir”, finaliza.
Fonte: G1