Brasiléia, Acre 01.06.2020
Jair Bolsonaro pediu ao Ministério da Defesa a retomada da produção de cloroquina pelo Exército.
Segundo O Globo, “o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército (LQFex), que produzia 250 mil comprimidos de cloroquina a cada dois anos — para uso exclusivo de seus homens, no combate à malária —, criou um estoque de 1,25 milhão em menos de um mês, entre março e abril, mas paralisou a produção por falta de insumos.
O desabastecimento, no entanto, foi resolvido, segundo fontes que atuaram nas tratativas para atender ao desejo do presidente. Os insumos, provenientes da Índia, voltarão a ser fornecidos em junho.”
A cloroquina foi considerada ineficaz contra a Covid-19 e pode matar. O Exército está gastando dinheiro nisso, em vez de empregá-lo no combate à epidemia.
Após o surgimento de diversos casos da doença respiratória causada pelo coronavírus (COVID-19) na China, o governo brasileiro, preocupado com a proliferação do vírus, vem adotando medidas de preparação e orientação dos serviços de saúde e da população em todo o país.
Considerando o atual cenário de aumento do número de casos de infecção pela COVID-19 em território nacional, combatendo a disseminação do novo vírus e focando na produção de possíveis medicamentos para o tratamento, ainda que permaneçam em fase de estudos para a comprovação de sua segurança e sua eficácia, o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) intensificou a produção do medicamento Cloroquina 150 mg, apoiado pelo Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM) e pelo Laboratório Químico Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA).
O LQFEx, detentor do registro da Cloroquina 150 mg na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), aumentou a sua produção a partir de 23 de março. A Cloroquina é usada no Brasil para o tratamento da Artrite, do Lúpus e da Malária e está em falta nas farmácias em virtude da divulgação do seu uso contra o coronavírus, o que exige, a partir de agora, um maior controle na venda desse medicamento.
Atuando na linha de frente no atendimento à sociedade, o LQFEx trabalha de forma incansável e mantém o lema de pioneirismo, trabalho e desenvolvimento desde sua fundação, em 21 de maio de 1808. O LQFEx é o laboratório farmacêutico mais antigo do Brasil e sempre esteve presente em momentos marcantes da história do país, como a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870) e as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, quando colaborou com o suprimento de medicamentos e de material de uso hospitalar, prática que se estende até os dias de hoje.
A pronta resposta à demanda nacional traduz todo o esforço contínuo de uma equipe de profissionais altamente especializados que labuta diariamente para o fornecimento de produtos essenciais para o Exército Brasileiro e para o Brasil.
O laboratório produz medicamentos considerados negligenciados e estratégicos para o Sistema Único de Saúde.
Dessa forma, o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército é uma engrenagem essencial dentro do sistema de saúde brasileiro, trabalhando para a prevenção de doenças e para a continuidade do tratamento prescrito por médicos a milhões de pessoas no país.
Por Andre Pinheiro